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A Unesp Lança VetPain: Um Aplicativo Gratuito para Medir a Dor e Desconforto dos Animais Domésticos

Os cuidados com nossos animais de estimação sempre foram importantes, mas agora existe uma ferramenta que torna esses cuidados ainda mais eficazes. É o VetPain, um software desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e lançado gratuitamente para dispositivos Android.

A ideia é facilitar a medição do nível de dor e mal-estar de cães, gatos, coelhos, vacas, jumentos, cavalos e porcos. O software foi projetado para traduzir os sinais apresentados por esses bichinhos e servir como pré-diagnóstico para que tutores possam tomar melhores decisões em relação ao cuidado dos seus pets.

O VetPain foi desenvolvido pelo anestesiologista Stelio Luna, professor do Departamento de Cirurgia Veterinária e Reprodução Animal da Unesp. Segundo ele, o aplicativo pode ser usado tanto por leigos quanto por profissionais veterinários.

“É importante ressaltar que o software não substitui a consulta com o médico veterinário”, explica Stelio Luna. Ainda assim, ele acredita que as atualizações futuras contribuirão para a melhoria do aplicativo, tornando-o cada vez mais útil e preciso. Atualmente, já está sendo preparada uma versão voltada especificamente para caprinos – grupo que inclui bodes, cabras e ovelhas – pois a dor se manifesta de forma diferente nesses animais.

Além disso, os desenvolvedores pretendem lançar versões globais do VetPain em outros idiomas. Enquanto isso não acontece, interessados podem baixar o software na Play Store (para Android) ou no site animalpain.org 

Descubra os Sinais de Dor do Seu Gato – Aproveite o VetPain para Identificar Sintomas Ocultos

Cientistas descobrem que os olhos são as janelas da alma dos animais de estimação. Uma nova pesquisa confirmou o que Charles Darwin suspeitou há muito tempo: os olhos são “janelas para a alma” dos nossos amigos de quatro patas. Cientistas descobriram que animais domésticos – incluindo cavalos, coelhos, furões, leitões, ovelhas e gatos – expressam sentimentos semelhantes através de suas expressões faciais quando estão com dor.

Os pesquisadores também descobriram que essas espécies compartilham expressões faciais semelhantes quando experimentam uma variedade de sentimentos. Por exemplo, todas mostram seus olhos semicerrados, tensão no nariz, boca e bochechas e orelhas levemente achatadas.

Essa descoberta é resultado de um estudo minucioso de imagens de rostos dos animais em questão. As imagens foram usadas para criar escalas chamadas caretas, que medem a intensidade da dor nos animais. A escala foi adaptada a partir do trabalho original feito com camundongos. Os cientistas observaram como as expressões faciais mudavam à medida que a dor aumentava ou diminuía em cada espécie.

Desse modo, os pesquisadores também descobriram que os gatos tendem a manter suas cartas perto do peito devido às suas raízes solitárias e territoriais. Eles podem esconder sua dor porque isso pode ser visto como um sinal de fraqueza para outros animais maiores na natureza selvagem. Essa descoberta tem profundas implicações sobre como melhor entender e cuidar dos nossos amigos felinos.

Os cientistas também estão interessados em usar aprendizado de máquina para automatizar o processo de análise dessas expressões faciais, pois isso pode tornar mais fácil avaliar o bem-estar dos animais. No entanto, é importante lembrar que os humanos extrapolam frequentemente nosso conhecimento sobre rostos humanos para tentar interpretar as expressões dos animais – algo que pode não funcionar bem se as musculaturas faciais forem distintas entre espécies. 

Para resolver esse problema potencial, os cientistas desenvolveram recentemente uma abordagem focada em gatos usando técnicas que normalmente só são usadas para medir ossos. Anotaram quase mil fotos de rostos de gatos baseados na posição relativa de seus músculos faciais subjacentes e nas mudanças de forma à medida que seus músculos se contraem e relaxam durante cirurgias ortopédicas rotineiras. 

Esta pesquisa mostra claramente que os olhos realmente podem ser janelas para almas nos nossos amiguinhos peludos – e provavelmente em outras espécies também! Ser capaz de interpretar corretamente as expressões faciais dos animais pode oferecer ainda mais informações sobre como melhor cuidar do bem-estar dos nossos companheiros silenciosamente inteligentes.

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